Lulu Sabongi (véu de seda) |
Aysha Alyyah Nur |
Bailarina Samia Gamal anos 70 |
Dentre os instrumentos usados na dança do ventre, o mais comum deles é o véu, que ao contrário do que se imagina não tem sua origem no oriente, mas sim no ocidente, sendo disseminado pelas bailarinas americanas e européias por todo o mundo. As egípcias pouco usam, as libanesas usam movimentos extremamente simples, mas entre as ocidentais é que estão os movimentos mais elaborados.
O véu dentro da dança tem o intuito de mistificar, dar um ar misterioso e emoldurar, é tão hoje, extremamente popular, sendo de fácil entendimento até mesmo para leigos.
O véu pode ser de vários materiais, inicialmente eram de organza e voal, mas com o tempo foram descobertos outros efeitos em outros materiais como musseline, chiffon e atualmente a mais nova delas a seda pura ou seda pongee com inúmeros efeitos de pintura manufaturada que dão um lindo ar de conto de fadas. Independentemente do tecido que se escolha ao dançar o ideal é conhecer o peso e o atrito com o ar que ele proporciona, pois cada tecido exige uma técnica apropriada, como por exemplo a seda não só na leveza exige um tom de ninfa, mas na movimentação da bailarina também, silhueta mais alongada, movimentos mais ampliados e observação são extremamente necessárias, assim como o véu de voal necessita de mais força e agilidade. Porém em qualquer das escolhas o efeito geral é fazer com que o espectador por alguns segundos encontre-se em um mundo paralelo, como que momentaneamente enfeitiçado pelos movimentos do véu da bailarina, para logo apóz ser trazido novamente a realidade pelos movimentos de seu corpo emoldurados e acentuados pelo véu.
Exitem também outras variações sendo elas a dobble véil (dois véus) ou mais, chegando até a dança dos 7 véus, esta sim ligada as civilizações antigas e originária do oriente.
Apesar de não haverem grandes restrições para músicas na dança com véu, vale a pena ressaltar que ela deve ter a mesma intenção do véu, ou seja, mistério, sensualidade e magia sendo de grande valia músicas mais melódicas, clássicas ou new age, assim como as mais modernas com batidas tecno, ambas com a intenção de viajar no paralelo entre realidade e sonho.
- Vídeo - apresentação c/ véu de seda - Aysha Alyyah Nur e Rebeca Bayeh
- Vídeo - apresentação c/ véu tradicional - Alunas do Núcleo Rakkasah Belly Dance
- Vídeo - apresentação double véil - Manuela Accioli
TEXTO: AYSHA ALYYAH NUR