quarta-feira, 24 de julho de 2013

DANÇA DO VENTRE - UTILIDADE PÚBLICA FEMININA!







Pessoal resolvi postar aqui uma matéria que fiz a pedido da amiga e aluna do Núcleo Rakkasah, a Terapeuta Holística Sandra de Cássia Geremias sobre a utilidade da dança do ventre na vida da mulher, essa matéria foi lida em seu programa "A Terapia do poder feminino" da rádio "tá Bombando", esta terapia tem ganhado muitas adeptas em busca de trabalhar sua cura como mulher, sua auto-estima, seus anseios. Obrigada pela oportunidade Cássia!

"A Dança do Ventre, hoje chamada de Dança Oriental Árabe, assim como muitas práticas, diferente do que se imagina, trata-se de um recurso para a elevação da energia feminina na mulher e no mundo, tratando não só da valorização de si mesma como também de seus orgãos mais importantes. Quando falo de energia feminina não falo nem de longe de energia sexual, pois esta "idéia", que não é só dos brasileiros, mais sim da maioria das sociedades do mundo é um pensamento advindo da sociedade paternalista, onde  até pouco tempo atrás tudo o que vinha do universo feminino era abafado e excluído, tido sempre como pecado ou maldade. Tão escondidas e rebaixadas a meros objetos as mulheres foram vistas e se não me engano ainda o são, como meros pedaços de carne e dadas como petiscos a leões medrosos que de tanto medo endossavam essa crença para que não deixassem a juba de leão e virassem dóceis gatinhos em nossas mãos. Naturalmente tudo o que faz parte do universo feminino ainda tende a ser visto desta maneira, pensemos então, o que mais expressa a feminilidade, liberta e arrebata uma mulher do que a dança do ventre? Há pouco tempo lí uma pesquisa americana seríssima que dizia que 99% das mulheres do mundo tinham algum interesse em relação a esta prática... aí me pergunto por que a maioria não está nas escolas ou dançando por aí? Naturalmente Rastros da repressão impressos... 
  A anos canso-me de escutar e pior ter que responder perguntas e escusas e piadinhas maledicentes e descabidas sobre o assunto, desde mulheres desesperadas por reavivar um relacionamento até outras achando que aprenderão a ter um orgasmo... eu sempre digo, infelizmente nesses casos a dança não pode ajudar, máximo que ela fará é com que você se ame, se cuide e trabalhe seus instintos afim de trasnformá-los em energia positiva e curadora de sua própria vida.  
  Os homens veem esta arte transformadora de emoções e alinhadora de chackras como a mais banal dança do acasalamento... basicamente quase um funk "proibidão", obviamente pelo maldito estigma da cultura, onde foi instaurado pelo medo que mulheres são objetos reprodutores e de prazer; Penso eu, que o mais triste nisso é que nós mulheres acreditamos piamente neste pensamento, inclusive incentivando ele quando não nos deixamos tocar pela noss imensa vontade de conhecer a dança do ventre. 
 A Dança Oriental àrabe tem como finalidade afinar uma mulher com sua essência, sendo inabalável, intocável, tendo posse e consciência de seu corpo, de suas vontades, de sua parte na divindade e na criação, é natural que a praticante se torne tão sensível a vida assim como nas músicas que interpreta, traduzindo os sentimentos dos musicos, servindo de instrumento vivo para a única finalidade de trazer alento e felicidade aos dias tristes e ao seu publico. 
costumo dizer que a bailarina é como um lápis empunhado pelo som a desenhar sentimentos, histórias e emoções com todas as partes de seu corpo. 
 Os àrabes chamam de Tarab, este tipo de transcendência onde a bailarina é quase deusificada. 
  A finalidade de uma mulher não se resume em procriar...somos as criadoras não só de humanos, mais de sensações, de amor e de sensibilidade no coração humano e a dança oriental nos ajuda a trabalhar com sutileza essas criações, transformando-nos em ponte de sentimentos. 
É inegável que esta dança que sempre existiu no Egito, mas jamais se soube ao certo a origem exata atravessou o mundo por meios escusos, viveu entre tribos, entre a prostituição das ciganas em tempos dificeis, entre luxuosos salões de imensos haréns na escravidão e no lamento, nos bordéis do ocidente, aos pouco estigmatizando-se transformando-se em instrumento de sobrevivência. 
 Porém... Não somos mais SOBREVIVENTES, hoje podemos nos liberta, não somos mais sobrevivente fadadas a esconder nossos princípios e poderes sob as leias da sociedade, convido a todas que TOMEMOS POSSE DE NOSSOS CORPOS E ENCONTREMOS O REAL VALOR DE NOSSAS ALMAS dançando a dança das mulheres! Não é fácil, exige estudo e cuidado, vigília, porém o prazer de sermos nós mesmas é a fonte para a felicidade de todos que nos rodeiam. 
 Acreditem! Dançarinas do ventre não são odaliscas, odaliscas eram escravas sexuais de guerra, enclausuradas num grito de dor, nós somos princesas, semideusas, guardiãs da criação.". 
Por Aysha Nur ( Lido no Programa "A Terapia do Poder Feminino" da Terapeuta Holística Sandra de Cássia dia 16/07 e reprisado dia 19/07 rádioweb "TÁ BOMBANDO")